terça-feira, 6 de abril de 2010

Feliz Páscoa 2010

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“Por que buscais entre os mortos Aquele que está vivo?

Não está aqui, mas ressuscitou!”

(Lc 24, 5-6)

Amados jovens, queridas irmãs, demais assessores,

Durante cinco semanas vivenciamos o fecundo tempo da quaresma, realizando as práticas que a Igreja, como Mãe e Mestra, nos pede, o jejum, a oração e a esmola. Fomos motivados a refletir com espírito orante o exemplo de humildade que Deus quis nos dar, quando encarnou-se no seu Filho Jesus e em obediência ao projeto do Pai, morreu numa cruz!


No período quaresmal fomos convidados a mergulhar o nosso espírito em Deus de modo que, pudéssemos encontrar a nossa essência, que de fato pertence a Ele. Após esse período entramos com Jesus em Jerusalém para que as Escrituras fossem cumpridas até o fim, como foi predito por todos os profetas. Nesse momento somos interpelados por uma imagem forte, repleta de significados que, ainda hoje, ressoa no mundo. A imagem do Crucificado. Aquele mesmo que outrora havia realizado tantos milagres, agora está suspenso no madeiro da cruz. Sozinho. Vulnerável. Uma imagem assustadora, é verdade. Mas antes de tudo, é um convite. Convite? Sim. Gosto do olhar de poeta do evangelista João, pois pra ele a imagem do crucificado é simultaneamente um convite ao amor, convite para ir até ela e experienciar nela o amor de Deus de maneira nova: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12, 32). A cruz é o trono ao qual Jesus sobe para reinar, visível a todos, situado acima deste mundo, e para convidar todos a participar de sua vida eterna. A cruz deve ser para nós um símbolo para a transformação da nossa vida. De instrumento vergonhoso de tortura, a cruz transforma-se agora em Jesus, a imagem de sua glorificação.¹


Não há como encarar a cruz e não sentir-se interiormente mexido. Por isso, a cruz colocada em nossas paredes deve nos lembrar sempre e em todas as circunstâncias que estamos envolvidos pelo amor de Deus, que o amor de Deus se abaixa até a poeira do nosso dia a dia para ali nos tocar e curar amorosamente em nossos aspectos mais vulneráveis.


Mas Jesus não detém-se na cruz somente. Ao terceiro dia ele ressuscita. Após sentir o abandono na cruz, agora experiencia a vitória triunfante sobre o pecado e a morte. E nos deixa a missão de anunciar o seu nome até os confins da terra, transmitindo a todos o dom da paz. A paz que tanto buscamos. A paz que tanto nos roubam. A paz que é fruto da fé e da oração. A paz que emana do Coração Misericordioso do Cristo Ressuscitado. Que esta paz brilhe sobre nós, sobre a Igreja de Cristo, sua Imaculada Esposa, uma, santa e católica, para que passando pela dor da cruz, da incompreensão, do abandono, resplandeça para o mundo como sinal profético de amor e fraternidade. Que esta paz resplandeça também sobre a nossa querida Associação, sobre todos os nossos jovens, para que sejam verdadeiros apóstolos da caridade a serviço da Boa Nova do Evangelho. Que Maria esteja sempre ao nosso lado, ao lado das nossas cruzes e que Deus coloque sobre nós as suas mãos que abençoam e que dão vida.


Feliz Páscoa!


Com carinho fraternal,

Lucas Palhano.JMV

Vice Presidente da JMV Província de Fortaleza

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